Memórias, Pensamentos

O voluntário – capítulo 2

Hoje encontro me voltando no tempo, assim como os Incas, Maias e Astecas faziam na época do ensino fundamental, uso o documento do Word, não o Google docs ou qualquer outra plataforma online para escrita. Gostaria de escrever diretamente no meu blog no WordPress, um espaço muito querido que uso para expor meus pensamentos e criar conteúdo, mas que não é famoso e mal recebe visualizações, mas funciona como meu diário. Preciso interromper temporariamente meu texto, exatamente pelo motivo o qual me fez decidir dividir um pouco do meu momento atual. É muito doido como o mundo, o tempo, os dias dão voltas e voltas. O que me fez escrever hoje e compartilhar um pouco dos meus pensamentos é o fato de que pela segunda vez na vida, e talvez última, estou vivenciando a experiência de um intercâmbio voluntário. Aproveitei que a minha assinatura na Workaway ainda estava ativa com o fato de eu ter uma passagem para Madrid, passagem essa que comprei quando fez um mês que tinha voltado ao Brasil após meus 4 meses na Europa, 1 intercâmbio voluntário, 1 mês na Inglaterra e uma despedida em Paris. A decisão de vir pra cá se deu por vários fatores, mas ao mesmo tempo quase não aconteceu devido a outros tantos fatores.

Quando tive minha primeira vez viajando não só sozinha, como pra Europa, um grande sonho, me realizei e me senti muito feliz numa completude sem fim. Assim que desembarquei em Floripa, até mesmo antes no Viracopos, eu só conseguir sentir o quanto queria ter permanecido viajando, o quanto não queria voltar, o quanto tudo me parecia estranho. Fiquei então matutando, pensando quando voltaria e como faria para arrumar mais dinheiro para a próxima trip. Com o pouquinho de dinheiro que tinha me restado resolvi comprar uma passagem só de ida pra Europa, comprei por um terceiro e o que ele me arrumou foi então uma passagem para Madrid na Espanha. De lá vivi um intenso looping de ansiedade, iria ou não viajar, precisava de dinheiro, tentei algumas oportunidades a distância, mas quando avisava que tinha o plano de viajar por tempo indefinido, tudo caía por terra. Na minha mente não queria me filiar a uma empresa presencialmente se dali a 5 ou 6 meses iria viajar. Até dezembro vivi muito dessa ansiedade, pois não conseguia o que mais necessitava no Brasil, um emprego para fazer um dinheiro para viajar. Orei e meditei muito com programas de oração e só fui sossegar quando aceitei que não arrumaria esse dinheiro que tanto queria para viajar em março de 2024. Decidi então que se fosse teria de encontrar uma forma de viajar barato. Pensei “por quê não fazer um voluntário novamente”, mas a verdade é que esse já era o plano, talvez fazer até mais de um, emendar um no outro, só que com dinheiro a mais pra ter uma folga e segurança. Só que não consegui esse dinheiro e tive que começar a planejar uma trip mais curta.

Sou declarada uma procrastinadora, talvez tenha algo que me faça me sabotar tanto assim, mas como sempre deixo tudo pra cima da hora, quando faltava 1 mês, talvez até menos, comecei a aplicar para vagas. O que antes era só uma porta para Europa se tornou minha primeira opção de voluntário, tinha pouco tempo, dificilmente conseguiria algo na Inglaterra, minha segunda opção era Portugal, pois também quero conhecer o país. Assim que comecei a aplicar a ansiedade que hoje me persegue para todo lugar que eu vou, tocou na porta e entrou. Eu sinceramente pensei que essa viajem não iria rolar, cogitei vir só para turistar’, mas isso não parecia fazer muito sentido pra mim, o que hoje já tenho uma percepção diferente. No dia 5 de fevereiro de 2024 durante a noite, quando estava rolando na cama, pensando o quanto queria viajar, o quando gostaria de fazer isso direto por um ano, veio uma voz no meu ouvido e me disse para tentar alguma vaga no Wordpackers, ou seja, teria que assinar um outro programa de IV’s. Então no dia 6, enrolei mais um pouco até ir procurar novas vagas, mas numa plataforma diferente, só que antes decidi dar uma verificada no Workaway, foi então que vi que tinha uma mensagem da Anna, minha atual anfitriã, muito aberta e muito clara de que eu conseguiria esse IV. Anteriormente uma outra vaga já tinha me respondido, mas o anfitrião parou de me responder e eu não quis insistir.

OBS: decidi chamar esse post de “capítulo 2”, porque considero que Malta foi o primeiro.

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