Pensamentos

Se encerra a primeira parte

Eu estou feliz de estar encerrando o Workaway.

Hoje é dia 8 de abril de 2024, e em quatro dias minha assinatura da plataforma de intercâmbio voluntário, a Workaway, se encerra. E sim, eu afirmo que estou feliz, porque isso representa uma fase da minha vida e da realização dos meus sonhos que se encerra.

Quando assinei a plataforma, lá em 12 de janeiro de 2023, foi pra tornar real a realização de dois dos meus maiores sonhos da vida, fazer um intercâmbio, “um salve e um abraço bem apertado na Thuany de 12 anos que acompanhava intercâmbios de High School na Inglaterra, Estados Unidos e Canadá através de diários em blogs e no youtube“, e viajar pra Europa. Eu já tinha criado o meu perfil em 21 de dezembro de 2022, assim como também criei um perfil na Worldpackers, porém eu só poderia aplicar para as vagas se assinasse a plataforma no valor de $49.

E da união de querer trocar de emprego, querer realizar sonhos, um nível de estresse altíssimo e o cansaço de ver o tempo passar sem fazer nada que decidi que 2023 seria o ano em que eu realizaria meu grande sonho. Eu não lembro ao certo, mas acredito que cheguei no mundo do voluntariado porque acompanhava a Renata Meins, que era amiga da Marcia Percival, que um dia mostrou que a Patrícia Vogt estava se mudando da Austrália para Inglaterra. A verdade é que em todas as fases da minha vida, estou acompanhando algum brasileiro que mora fora, e nesse momento estava consumindo muito conteúdo da Austrália.

Com os conteúdos da Patrícia conheci o mundo do voluntariado, conheci o perfil da Ana Sitta também e alguns mais, mas esses foram os principais. Nesse meio tempo comprei cursos pra me ajudar a aplicar e também pra ter coragem de fazer valer o valor investido. Foi um percurso no qual tive erros e acertos, não faria certas coisas novamente, mas a verdade é que quando algo é novo tenho a necessidade de me sentir o mais segura que consigo e acabo não metendo a cara em coisas que depois vejo serem muito simples.

Quando decidi que iria realizar meu sonho, pedir as contas e investir todo o dinheiro que guardei por não sei quanto tempo, eu decidi também que precisava de uma ajuda para reduzir custos. Eu queria passar o máximo de tempo viajando pra poder desenvolver o Inglês e para ter a experiência de morar na Europa.

Lembro que uma das minhas principais dúvidas no início era o local, onde eu iria realizar o meu sonho. Desde muito nova sempre quis conhecer Londres, mas com a maturidade entendi que começar num lugar frio e cinza poderia tornar a minha experiência tão sonhada em algo não tão agradável assim.

Quando decidi Malta pelo clima similar ao brasileiro e pela língua, não sabia onde estava me enfiando. Comprei minha primeira passagem sozinha e paguei bem caro, mais de 6k, e olha que iriam me ajudar a comprar por 10.

Mas e o Workaway? A plataforma era o caminho para eu baratear minha viagem e viver a experiência do intercâmbio cultural, e não somente o turismo. Minha assinatura vence em quatro dias e não tenho a menor pretensão de renovar, por isso quero deixar registrado na memória algumas coisas.

Quando paguei pela minha assinatura pensei que ela duraria 12 meses, mas pelo visto estava na promoção de quinze meses.

A primeira aplicação, seguindo o modelo do ONI. Pensei que daria super certo, mas na verdade nunca fui respondida:

A vaga que quando vi, quis na hora mesmo, e foi a que se tornou o intercâmbio dos sonhos ❤

Lembro até hoje da emoção que precedeu tudo o que veio depois, as crises de nervosismo e ansiedade. Mas fica para um post solo.

O sonho se realizou, emendei Inglaterra, Itália e Paris pra fechar. Retornei ao Brasil com vontade de já voltar pra Europa. Quando ainda estava em Londres, tentei aplicar no Workaway para continuar viajando, mas não rolou. Então, no dia 18 de fevereiro de 2024 resolvi que queria viajar novamente, e de novo, mas principalmente agora, precisava muito baratear os custos. Não era o meu destino dos sonhos, nem as vagas mais interessantes. Para Malta muitas me chamaram atenção, mas pra Espanha declinei a maioria das opções. Cheguei a receber retorno de uma vaga que a Kinga, workawayer que conheci em Malta, havia feito, mas não foi pra frente. Então, a oitava e última vaga que apliquei me respondeu depois de 11 dias.

Foi aí que tudo se tornou real novamente, e quase que permaneceu só em sonhos também. A Espanha não é nem de longe o país dos meus sonhos, nem um país querido, talvez precise conhecer mais, mas não viria aqui tão cedo. Apenas não é a minha vibe. Conheci Madri e Barcelona e não me apaixonei por nenhuma das duas, mas encontrei e vou encontrar amigos, vi turistas bonitos, vi o estádio do Real Madrid e do Barcelona, me hospedei em hostels e fiquei forçadamente sem tomar banho também.

O meu primeiro intercâmbio voluntário foi um sonho, mas só depois dos primeiros 17 dias, fiquei lá 74 dias no total, 75 se contar a primeira noite que dormi em Valletta. Chorei, cogitei que tivesse tomado a pior decisão da vida, senti falta do Brasil, senti frio, me senti sozinha. Depois me senti muito feliz, conheci muita gente, destravei o Inglês, comi comidas diferentes, fiz amizades queridas, morei numa casa maltesa de 300 anos que tinha muito pó todos os dias, mas que era linda. Me apaixonei, fiz snorkeling, vi um polvo nas rochas, fui num festival de vinhos, nadei pelada, tomei muito sorvete, conheci a Cittadella, aprendi a pilotar scooter, me senti em casa, chorei no dia de ir embora.

O Workaway me proporcionou isso. Mas tudo isso também vem com uma dose de ansiedade, de medo, de preocupação com o financeiro. O início num lugar que não é seu, com uma rotina diferente, se sentindo uma intrusa é bastante amedrontador. A espera por um sim, numa vaga que talvez nem seja tão boa assim, a sensação de solidão, os sentimentos de intrusão, os olhares xenofóbicos, são coisas que também devem ser levadas em consideração. Dos prós e dos contras, do que quero para mim, do que já vivi e do que estou vivendo, sei que hoje não tenho mais a intenção de fazer um intercâmbio voluntário, que não quero mais me apegar a isso como se só dependesse de uma vaga pra viajar.

Hoje sei que não preciso permanecer tantos dias numa só cidade que muitas vezes não é tão legal pra desperdiçar o seu tempo assim. Sei que posso viajar sozinha só para turistar e depois voltar pra casa, enquanto não me mudo 😉

Minha segunda experiência num intercâmbio voluntário está sendo bem diferente da primeira, mas essa é só por 30 dias, e 7 já se foram. Não tem tantos prós quanto a outra, na verdade o melhor mesmo é ter comida e moradia. Quando decidi que viria, também decidi que não planejava mais viajar dessa forma, e chegando aqui só constatei que de fato é o que eu quero.

Por isso estou feliz, minha assinatura está se encerrando, talvez eu não tenha mais acesso ao meu perfil ou as mensagens trocadas com anfitriões e colegas de viagem. De 32 janelas de mensagens, 4 foram anfitriões que entraram em contato comigo, 3 só agora na Espanha, nenhuma de grande interesse, talvez ensinar Português na França, mas sem dinheiro para me deslocar, uma em Malta pra cuidar de uma menina na Itália, fiquei tentada, mas não tinha visa pra permanecer lá por um mês. As outras 28 mensagens foi eu que enviei, e duas se tornaram realidade. Um percentual de 7,14% de sucesso. Quando me venderam um curso de IV, falaram que nunca tinham sido recusados, pelo visto eu fujo da regra.

Não vou ter mais a ansiedade de procurar vagas, de ficar olhando no chat se a mensagem foi visualizada, de ter que falar com colegas doidos que usam a plataforma pra flertar. Esse ciclo se encerra. A verdade e que nesse tempo de assinatura constatei que a plataforma é bastante defasada, os anfitriões não tem compromisso de resposta, alguns nem seguem as regras de horário e dias de folga, muitas vagas tem mais obrigações que benefícios. Essa de agora mesmo tem a regra de três banhos quentes por semana, mas nem frio eu estou tendo e se soubesse disso na descrição da vaga sequer teria aplicado.

Em breve acaba, tenho motivos que me fazem não querer permanecer com o WA, e também tenho planos diferentes de viagem agora.

Memórias, Pensamentos

O voluntário – capítulo 2 II

Como sempre não consigo ser objetiva como gostaria quando se trata de escrita. Eu comecei o primeiro post para contar o motivo da reflexão, só que gastei um post inteirinho só para contextualizar. Tem mais coisas que gostaria de falar, do pré-voluntário, mas se começar não haverá foco aqui.

Hoje estou no meu sexto dia nessa vaga de voluntariado em Vilanova del Valles, um povoado mais ao norte de Barcelona, 40 minutos de trem. Os primeiros contato e todo o trâmite antes e chegar aqui foi tratado com a minha anfitriã, sempre trocando mensagens e tirando dúvidas. Quando de fato cheguei aqui, quem me recepcionou foi o marido dela, me buscou na estação de trem, me deu comida e me mostrou a casa, como as coisas funcionavam. No dia seguinte pensei que iríamos nos sentar e passar como tudo funcionava mais ou menos, mas não foi o que ocorreu. No decorrer desses poucos dias eu eu ela nos falamos muito pouco, acabo sempre trocando mais ideias com ele, que passa bastante tempo em casa, já que não está trabalhando fora no momento. Tem pessoas que realmente não são muito comunicativas e até aí tudo bem, no entanto algumas atitudes ou falta de atitudes dela me causam uma impressão não muito boa.

Quem sempre me chama para comer ou é o marido ou uma das crianças. Já aconteceu duas situações durante a manhã dela sequer me dar “bom dia’ ou responder ao meu bom dia. Fora que em muitas situações ela parece me ignorar no ambiente, como se estivesse ali sozinha, talvez queira me dar privacidade, não sei. Talvez esse seja o normal deles, mas a verdade é que quando alguém de fora, ou mesmo o marido está interagindo comigo, ela acaba interagindo também, como se fosse muito legal. A verdade é que para uma anfitriã ela não é a pessoa mais preparada, a mais aberta, o que eu esperava, visto que recebe pessoas diferentes em sua casa há 2 ou 3 anos direto.

Eu sou a estranha no recinto, esperava um pouco mais dos anfitriões, que eles fossem mais aberto, entendendo que a pessoa de fora pode se sentir deslocada. Ele é um pouco melhor que ela, mas não tão melhor assim. Ás vezes é muito legal, mas outras parece tão indiferente quanto. Não sei se o humor está muito alterado, visto que têm filhos e as crianças não são das mais fáceis. Penso muito que o humor dele pode se alterar muito por isso, ele é uma pessoa que até que faz bastante coisa na casa, o que é ótimo, machismo aqui não, mas talvez não lide tão bem como uma mulher lida com tantas responsabilidades.

Ainda sobre ela, depois de algumas atitudes, puxei meu lado astrológico e cogitei que ela só poderia ser aquariana, e não foi surpresa quando vi a data de 11 de fevereiro marcada no calendário que fica na cozinha.

Hoje resolvi refletir, pois senti os dois bastante distantes e frios, então ele me chamou pra almoçar e acabaram me convidando pra ir no seu jogo de basquete, bem como ele estava super aberto me perguntando se já comi isso e aquilo da Catalunha. Aí eu digo que os dias e o tempo ás vezes dão um 360 tão grande que te deixa meio perdido sobre o que pensar.

Negociei o tempo de 1 mês, então me restam 24 dias aqui, posso retornar e expor um pouco mais. Tudo vai do fluxo como as coisas irão acontecer.

Antes que pareça que estou muito mal, ou sofrendo com a falta de recepção, acredito que a minha primeira experiência na Europa me preparou pra esse tido de situação. Daquela vez realmente sofri bastante, hoje porém só me amedrontei um pouco no segundo dia, a ansiedade do tempo que passarei aqui. A verdade é que não estou incomodada com isso, só reparo que essas atitudes falam sobre quem comete e não quem recebe.

Obs.: no final a segunda parte do post só saiu no dia seguinte porque ontem a internet não estava funcionando.

Memórias, Pensamentos

O voluntário – capítulo 2

Hoje encontro me voltando no tempo, assim como os Incas, Maias e Astecas faziam na época do ensino fundamental, uso o documento do Word, não o Google docs ou qualquer outra plataforma online para escrita. Gostaria de escrever diretamente no meu blog no WordPress, um espaço muito querido que uso para expor meus pensamentos e criar conteúdo, mas que não é famoso e mal recebe visualizações, mas funciona como meu diário. Preciso interromper temporariamente meu texto, exatamente pelo motivo o qual me fez decidir dividir um pouco do meu momento atual. É muito doido como o mundo, o tempo, os dias dão voltas e voltas. O que me fez escrever hoje e compartilhar um pouco dos meus pensamentos é o fato de que pela segunda vez na vida, e talvez última, estou vivenciando a experiência de um intercâmbio voluntário. Aproveitei que a minha assinatura na Workaway ainda estava ativa com o fato de eu ter uma passagem para Madrid, passagem essa que comprei quando fez um mês que tinha voltado ao Brasil após meus 4 meses na Europa, 1 intercâmbio voluntário, 1 mês na Inglaterra e uma despedida em Paris. A decisão de vir pra cá se deu por vários fatores, mas ao mesmo tempo quase não aconteceu devido a outros tantos fatores.

Quando tive minha primeira vez viajando não só sozinha, como pra Europa, um grande sonho, me realizei e me senti muito feliz numa completude sem fim. Assim que desembarquei em Floripa, até mesmo antes no Viracopos, eu só conseguir sentir o quanto queria ter permanecido viajando, o quanto não queria voltar, o quanto tudo me parecia estranho. Fiquei então matutando, pensando quando voltaria e como faria para arrumar mais dinheiro para a próxima trip. Com o pouquinho de dinheiro que tinha me restado resolvi comprar uma passagem só de ida pra Europa, comprei por um terceiro e o que ele me arrumou foi então uma passagem para Madrid na Espanha. De lá vivi um intenso looping de ansiedade, iria ou não viajar, precisava de dinheiro, tentei algumas oportunidades a distância, mas quando avisava que tinha o plano de viajar por tempo indefinido, tudo caía por terra. Na minha mente não queria me filiar a uma empresa presencialmente se dali a 5 ou 6 meses iria viajar. Até dezembro vivi muito dessa ansiedade, pois não conseguia o que mais necessitava no Brasil, um emprego para fazer um dinheiro para viajar. Orei e meditei muito com programas de oração e só fui sossegar quando aceitei que não arrumaria esse dinheiro que tanto queria para viajar em março de 2024. Decidi então que se fosse teria de encontrar uma forma de viajar barato. Pensei “por quê não fazer um voluntário novamente”, mas a verdade é que esse já era o plano, talvez fazer até mais de um, emendar um no outro, só que com dinheiro a mais pra ter uma folga e segurança. Só que não consegui esse dinheiro e tive que começar a planejar uma trip mais curta.

Sou declarada uma procrastinadora, talvez tenha algo que me faça me sabotar tanto assim, mas como sempre deixo tudo pra cima da hora, quando faltava 1 mês, talvez até menos, comecei a aplicar para vagas. O que antes era só uma porta para Europa se tornou minha primeira opção de voluntário, tinha pouco tempo, dificilmente conseguiria algo na Inglaterra, minha segunda opção era Portugal, pois também quero conhecer o país. Assim que comecei a aplicar a ansiedade que hoje me persegue para todo lugar que eu vou, tocou na porta e entrou. Eu sinceramente pensei que essa viajem não iria rolar, cogitei vir só para turistar’, mas isso não parecia fazer muito sentido pra mim, o que hoje já tenho uma percepção diferente. No dia 5 de fevereiro de 2024 durante a noite, quando estava rolando na cama, pensando o quanto queria viajar, o quando gostaria de fazer isso direto por um ano, veio uma voz no meu ouvido e me disse para tentar alguma vaga no Wordpackers, ou seja, teria que assinar um outro programa de IV’s. Então no dia 6, enrolei mais um pouco até ir procurar novas vagas, mas numa plataforma diferente, só que antes decidi dar uma verificada no Workaway, foi então que vi que tinha uma mensagem da Anna, minha atual anfitriã, muito aberta e muito clara de que eu conseguiria esse IV. Anteriormente uma outra vaga já tinha me respondido, mas o anfitrião parou de me responder e eu não quis insistir.

OBS: decidi chamar esse post de “capítulo 2”, porque considero que Malta foi o primeiro.

eu e eu mesma, Pensamentos, Praia

Terapia da escrita

O mês de fevereiro tá acabando, depois de um janeiro interminável, parece que o tempo está voando. Eu tenho uma passagem pra meados de março que antes parecia tão distante. Eu não sei se irei usar essa passagem, se meu dinheiro vai ter sido bem gasto ou se vai ter sido desperdiçado. Paguei a passagem a vista, vivi um looping de ansiedade, então me aquietei, mas foi demais, ao ponto da procrastinação. Agora faltando menos de um mês tenho tentado um voluntário pra ter onde me hospedar, visto que não tenho muito dinheiro, tenho só 1/5 do que tinha quando fui viajar sozinha pela primeira vez. Agora corro contra o tempo, não sei se irei conseguir, mas ao mesmo tempo quero tanto. Ás vezes só queria que Deus tocasse minha mente e me falasse o caminho que devo seguir. Não consegui nenhum emprego a distância nesses 6 meses de volta ao Brasil, também não quis ir trabalhar presencialmente, pois não queria me responsabilizar em um cargo que em menos de 1 ano seria largado para viajar. A workaway pode ter me trazido minha primeira oportunidade de intercâmbio, mas também me traz muita irritação por ser uma plataforma meio largada e defasada, onde ninguém te responde, ou onde os anfitriões somem do nada, é como se eu estivesse a deriva. Quero muito ir, mas não tenho dinheiro pra ficar pagando hospedagem, transporte e comida por muito tempo, e quero ficar um tempo considerável. Mesmo com um voluntário eu não esperava que com o meu dinheiro eu fosse conseguir ficar muitos meses, 6 meses se tivesse muita sorte e muitos benefícios.

Me desliguei do twitter, pois tem me feito mal e me deixado ansiosa, várias vezes ao dia rolo a tela do celular pra baixo até onde ficava o aplicativo X. A leitura tem sido uma obrigação. Ando estragando algo que sempre foi um prazer pra mim, engato um livro no outro, principalmente de romance, meu gênero favorito e na maioria das vezes no programa do kindle unlimited, só que a maioria dos livros lá são ruins, com narrativas ruins, com enredos fracos, com muitos problemas de revisão, com muitos problemas de pesquisa com relação ao ambiente da estória. Se antes eu lia livros em 2, no máximo 3 dias, hoje levo muito mais e termino a leitura frustrada.

Enfim, muitas vezes me sinto perdida, em dúvida se vou conseguir alcançar os meus propósitos, muito preocupada com minha vida financeira, tentando evitar problemas que estão do meu lado e que não cabem a mim, pois não posso fazer nada. Escrever ajuda, escrever acalma.

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Pensamentos em combustão

Há momentos em que a minha mente simplesmente resolve operar a um milhão por hora e todos os pensamentos possíveis passam por ela. Então eu quero por tudo pra fora, mas é madrugada, tenho que focar em dormir, não devo ficar me expondo ao brilho do celular, a estímulos. É outro dia, estou assistindo um vídeo no youtube, as pessoas estão expondo seus sentimentos, suas histórias de vida, é um incentivo, também quero me abrir e por pra fora vivências, inseguranças, receios, vergonhas, vergonhas essas que não deveriam ser vergonhas, mas que são coisas que fogem ao padrão que a sociedade impõe. Você não seguiu a linha, por quê é tão discrepante?

Preciso de terapia, preciso escrever e por pra fora, preciso conversar, preciso acreditar que tenho um futuro em que alcanço sonhos e os torto perpétuos.

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Falta conexão ou é ressaca literária?

Em 2023 não fui uma exímia leitora e bookaholic, foi um ano que estive tão atarefada e preocupada em realizar sonhos, que não tive muito tempo para me dedicar. Eu passei um bom tempo viajando e estava tão ocupada vivendo o que aparecia na minha frente, que só fui parar para ler alguns livros agora no último período do ano. Comecei explorando algumas indicações literárias de muito tempo, mas que só risquei da minha listinha agora. Acabei indo pelo caminho dos romances young ou new adult que costumam ser os meus livros favoritos. Posso citar que tive uma leitura maravilhosa com Carrie Soto está de volta de Taylor Jenkins, e tive leituras que não me prenderam tanto, como Pessoas normais da Sally Rooney.

Eu resolvi iniciar então, algumas leituras no kindle unlimited, já que lá o catálogo é amplo e livre por meio da assinatura mensal. Só que foi aí que minha leitura estancou. Já faz um bom tempo que eu reflito e comento sobre as obras nacionais de romances young e new adult. Ás vezes penso se o problema sou eu, mas eu comecei no mundo da leitura com fanfics e fui evoluindo conforme fui conhecendo os livros, como as estórias e enredos são melhores pensados e desenvolvidos, como a escrita e a gramática demonstram que foram revisadas. Mas acaba que volta e meia os livros disponibilizados no k.u. me passam a sensação de estar lendo uma fanfic. Essa sensação ocorre sempre em leituras nacionais, são poucas as que eu realmente gostei.

Alguns anos atrás, se eu iniciasse uma leitura, por mais que não me ligasse tanto eu iria finalizar o livro. Hoje me permito abandonar. Minhas últimas leituras foram todas assim, começo a ler, mas não me conecto com a estória, por vezes com boas premissas, mas com desenvolvimento fraco. Outras com a escrita não tão afinada, com personagens sem química ou emoção, com narrativas cansativas. Vi muito de tudo isso nos últimos livros que tentei ler. Acabei recorrendo as resenhas e vi que aquilo que não me agradava se perdurava por muito mais. Agora estou relendo um livro que já reli outras tantas vezes, não consigo ficar sem ler se tenho tempo, mas também já não consigo ler qualquer coisa.

estilo de vida, eu e eu mesma

ESCREVER ACALMA

São tantas emoções. Hoje acordei querendo chorar porque sinto que só chorando vou conseguir por as emoções para fora. Nem sei ao certo o que estou sentindo e a ansiedade torna as coisas piores. Foram dois anos sem escrever nada por aqui, a plataforma de blog é ótima para escrever, também escrevia muito no flickr, porém não acho tão acessível. Acabei de buscar e descobri que existe o app para celular.

É doido como ás vezes fico tanto tempo sem escrever nada, algo que me faz tão bem, mas talvez eu tenha uma dificuldade para manter hábitos. Poderia escrever num caderno, e na verdade por vezes eu faço isso, mas gosto de publicar na internet porque depois posso acessar e rever. Gosto de acessar sentimentos e ver o quanto evoluí.

Algumas coisas aconteceram nesse meio tempo, sendo uma das principais a realização do sonho de viajar para o exterior. Eu voltei para o Brasil e senti que precisava registrar isso, mas só hoje com esse mix de emoções que me mexi para por em prática.

Hoje quero mais refletir sobre como a ansiedade tem afetado a minha vida, assim como péssimos hábitos, celular e mídias sociais. Tenho passado por situações como busca por emprego, a necessidade de expor minha opinião quando não estou satisfeita com um produto que adquiri e forma como fico ansiosa, mesmo sabendo que isso não vai mudar em nada a minha vida, mesmo sabendo que eu tenho razão em expor minha opinião e em exigir meus direitos. Em situações assim eu fico tão ansiosa que não durmo direito, ou acordo antes do tempo pensando o que irão me responder. Eu ando com tantas ansiedades que acredito está até interferindo no funcionamento de sistemas do meu corpo.

Pelo menos, sinto que quando escrevo consigo ter uma paz, porque até nisso ando falhando. Não sei mais fazer uma coisa por vez, preciso estar sempre com o celular na mão ou pesquisando algo enquanto preciso prestar atenção em alguma outra coisa.

Eu volto.

plantas, Sem categoria

Diário de plantas

Hoje fuçando a galeria do celular, me deparei com vídeos e fotos das minhas plantas que eu não queria perder, mas não sabia onde guardar. Então lembrei do blog e decidi que ele definitivamente se tornaria um diário de plantas. E só agora que fui notar que o blog já se tornou isso há muito tempo.

Mais uma vez passei muito tempo sem postar, não sei se tenho salvação. Agora com o fim da faculdade, passado a ansiedade que me consumiu em 2021 talvez eu consiga me dedicar a outras coisas.

Hoje trago a história da Luna Primeira, que apareceu no último post. Ganhei ela bebê da minha irmã. Sempre foi uma planta muito forte e resistente até ter um broto, que eu arranquei e deixei um buraco. E foi nesse buraco que as cochonilhas se implantaram, definhando a Luna. Junto com a minhas tentativas não pensadas de salvar a planta, acabei piorando tudo.

Acredito que ela não se recupera mais, não vejo o menor desenvolvimento. Nem mesmo no broto que não estava tão infestado assim.

Acho que matei a planta com a misturinha de cloro e depois com o óleo de cozinha.

Quando ela começou a se desenvolver.

Luna adolecente
Cochonilhas por todo caule

Infelizmente minha versão não permite vídeos, inseri os liks de outra plataforma tentei i

https://www.flickr.com/photos/anyoliphant/shares/16NaeV

https://www.flickr.com/photos/anyoliphant/shares/h0t7B1

https://www.flickr.com/photos/anyoliphant/shares/c16vH5